A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), concluiu que o açúcar feito a partir da cana-de-açúcar transgênica pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) no Brasil é seguro para consumo. Segundo nota a empresa americana, os açúcares bruto e refinado feitos a partir da cana-de-açúcar modificada do Brasil, são tão seguros para o consumo quanto os provenientes das variedades convencionais.
Primeira variedade de cana geneticamente modificada, a invenção foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) no ano passado e traz vantagens como a resistência à broca (Diatraea saccharalis), inseto que dá dor de cabeça aos agricultores, por causar a perda de produtividade da planta, chegando a um prejuízo aproximado de 5 bilhões de reais por ano à indústria brasileira, entre problemas na qualidade do açúcar e custos com inseticidas.
Para o desenvolvimento da cana-de-açúcar transgênica , o CTC utilizou do gene conhecido como Bt, que possui pelo menos 20 anos de uso seguro na agricultura global, entre plantações de soja, milho e algodão. A invenção já foi plantada em diversos países foram do Brasil, chegando a 400 hectares por cerca de cem usinas. Entretanto, a cana modificada não deve ser moída na atual temporada, uma vez que inicialmente, será feita a na multiplicação dessa variedade, enquanto aguardam aprovação de outros importadores de açúcar.
O processo da cana-de-açúcar transgênica garante que a proteína Bt, principal gene de modificação do cultivo, é complementarmente eliminada no processo de produção dos derivados da cana, sem causar danos à saúde dos consumidores. Já em relação aos danos ambientais, as pesquisas não apontam consequências negativas quanto ao solo, a biodegradabilidade da cana ou à problemas nas populações de insetos degradantes a cana-de-açúcar.